Uma linda e sensual mulher que se transforma em macaco-monstro diante dos olhos da amedrontada plateia. A famosa e tradicional atração dos parques de diversão é levada aos palcos no espetáculo solo da atriz Maria Carolina Dressler que estreia no dia 6 de novembro, quarta-feira, às 21 horas, no Sesc Santo André.
Com dramaturgia construída em processo colaborativo entre a atriz e a diretora Juliana Sanches (Grupo XlX de Teatro, de São Paulo) com supervisão do dramaturgo italiano Pietro Floridia (Teatro Dell’Argine, de Bologna), a peça Monga conta a trajetória de uma mulher que sofre por isolamento e exploração de sua imagem primata.
A narrativa descreve conflitos vividos pela condição de clausura desde a infância, passando pela adolescência, casamento, maternidade e morte. O relato é entrecortado por vídeos e locuções dos seus delírios e desejos, além de fragmentos supostamente documentais que também servem de pano de fundo para contar sua trajetória. A transformação da mulher em macaco, no espetáculo, é feita por meio de recursos audiovisuais. Projeções de vídeo, locuções, teatro de sombra e a trilha sonora são elementos que fazem a transição entre a ficção e o documental, conferindo à peça uma característica polifônica.
O drama é baseado em histórias como a de Julia Pastrana (1834-1860), mexicana que tinha hipertricose (doença que cobre o corpo de pelos), apontada como possível inspiração para a criação do número da Monga. Atração de freak shows, foi levada aos palcos pelo empresário e marido Theodor Lent. Morreu aos 26 anos dando à luz ao seu filho, que também sofria da mesma doença, e seus corpos foram embalsamados e expostos em shows.
O cenário, de Paula de Paoli, tem influência nas gaiolas da artista plástica Louise Bourgeois (1911-2010). Uma jaula feita de ferro e sisal incorpora uma tela de projeções, e funciona como um quarto-camarim, um verdadeiro habitat de isolamento para a personagem. O local tem espelhos giratórios e um balanço. O figurino de Luciano Ferrari remete ao lado animalesco, em suas cores e nos desenhos. O ator Flavio Faustinoni participa com locuções, e Daniel Maia assina a trilha sonora.
MONGA – Estreia dia 6 de novembro, quarta-feira, às 21 horas, no Sesc Santo André.
Dramaturgia: Juliana Sanches e Maria Carolina Dressler.
Supervisão de dramaturgia: Pietro Floridia
Direção: Juliana Sanches.
Concepção e atuação: Maria Carolina Dressler.
Participação especial em vídeo/locução: André Obarcan e Flavio Faustinoni.
Traduções: Daniela Scarpari e Aliança Cultural Italiana.
Trilha sonora: Daniel Maia.
Cenário: Paula de Paoli.
Figurino: Luciano Ferrari.
Produção audiovisual: Corja Filmes (Andrea Iseki, Aline Gaia e Edson Costa) e Jonatas Marques.
Iluminação: Andrea Iseki.
Assessoria de Imprensa: Arteplural.
Designer Gráfico: Jonatas Marques.
Fotos: Jonatas Marques e Andrea Iseki.
Produção executiva: Adriana Balsanelli.
Direção de produção: Maria Carolina Dressler.
Assistente de Produção: Wilson Gomes.
Produção e realização: In Bocca Lupo.
Duração: 50 minutos.
Classificação etária: 12 anos.
Temporada: 6 de novembro a 11 de dezembro, quartas, às 21h (exceto dia 20/11).
SESC SANTO ANDRÉ – Rua Tamarutaca, 302, Vila Guiomar – Santo André.
Telefone: (11) 4469-1200.
Capacidade – 40 lugares.
Ingressos – R$ 10,00, inteira, R$ 5,00, estudante/usuário e R$ 2,00, comerciário.
http://www.sescsp.org.br/sesc
https://entretenimento.r7.com/blogs/teatro/2013/11/05/monga-a-mulher-macaca-ganha-versao-nos-palcos-por-maria-carolina-dressler-apos-pesquisa-na-italia/
https://www.arteview.com.br/index.php/noticias/monga-no-sesc-santo/-andre/
https://www.dci.com.br/panoramabrasil/monga-usa-elementos-do-cinema-para-falar-sobre-sociedade-do-espetaculo-id369365.html
https://barulhonoset.com.br/especial/56-da-tela-para-o-palco/275-especial-marco-ferreri.html
Entrevista: A mulher-macaco e a sociedade do espetáculo