Sinopse
Em uma noite escura de agosto, único momento do ano em que trutas do mar podem ser pescadas, Homem traz sua nova namorada, Mulher, para sua cabana remota à beira do rio, onde, desde a infância, ele realiza seu ritual anual de pesca da truta. Homem é um solitário recluso, que esconde uma profunda tristeza, insegurança e sensação de perda. E Mulher não é a única que ele levou até lá – ou mesmo a última.
Memória e desejo conduzem as ações e o ponto de vista do Homem, que investe todas as suas emoções em uma atividade de lazer que considera sublime. O espetáculo é uma tradução da obra internacional de Jez Butterworth, que estimula reflexões sobre as relações humanas em um contexto de solidão, ansiedade e expectativas frustradas.
Ficha Técnica
AUTOR: Jez Butterworth
TRADUÇÃO: Daniel Pellizzari
DIREÇÃO GERAL: Nelson Baskerville
DIRETORES ASSISTENTES: Vivien Buckup e Fernando Nitsch
ELENCO: Nelson Baskerville, Maria Manoella e Virginia Cavendish
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: Luciana Caruso
DIREÇÃO MUSICAL: Daniel Mala
ILUMINAÇÃO: Wagner Freire
CENOGRAFIA: Marisa Bentivegna
FIGURINO: Marichilene Artisevskis
COACH (NELSON BASKERVILLE): Luciana Caruso
PROJETO GRÁFICO: Omar Salomão
FOTO DO ELENCO: Fabio Audi
ASSISTENTE DE CENOGRAFIA: Amanda Vieira
CENOTÉCNICO: Cesar Rezende Santana (Basquiat)
COSTURA E MODELAGEM: Judite Gerônimo de Lima
MAQUIAGEM: Eliseu Cabral
DIRETOR DE PALCO: Maurillio Dias
OPERADOR DE SOM E LUZ: Junior Docini
ASSISTENTE DE CONTRA REGRA: Renan Dias
ESTRUTURAÇÃO DE PROJETO: Cristiana Giustino
ASSESSORIA JURÍDICA: Caio Mariano Advogados
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Virginia Cavendish
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Paulo Ferrer
PRODUÇÃO: Casa Forte SP Produções
Trilha Sonora
Imprensa
VEJA SP
Tudo sobre teatro
“O Rio”: a intimidade suspeita de Jez Butterworth
Nelson Baskerville dirige e protagoniza o drama do autor inglês no Teatro Anchieta
Profícuo expoente da dramaturgia inglesa, Jez Butterworth ainda é pouco conhecido nos palcos paulistanos. De sua obra, Zé Henrique de Paula montou Mojo em 2007, e seu mais recente trabalho, The Ferryman, é sucesso em Londres. O drama O Rio, escrito em 2012, surpreende o espectador por causa de uma intrigante estrutura narrativa capaz de fundir o intimismo com doses de suspense.
Um homem maduro (interpretado por Nelson Baskerville) chega a sua casa de veraneio ao lado da nova namorada (papel de Virginia Cavendish). É a primeira vez que a moça aparece por lá, e ela ganha estímulos para seguir um roteiro rígido em relação aos atrativos do lugar. A cena seguinte dá início ao quebra-cabeça engenhosamente tramado por Butterworth. Agora, a visitante é representada pela atriz Maria Manoella, e situações semelhantes referentes à propriedade são anunciadas.
O protagonista contracena, então, alternadamente com Virginia e Manoella e, aos poucos, o público decifra conflitos daquele homem resistente e, muitas vezes, de atitudes suspeitas. Também diretor, Baskerville constrói uma encenação diferente daquela a que está habituado, como nas peças Carmen, A Vida e Luis Antonio — Gabriela. A estética realista é reafirmada na casa cenográfica criada por Marisa Bentivegna ou em detalhes, como o peixe preparado e consumido pelos atores.
O mesmo vale para as interpretações. Virginia reforça a insegurança da personagem, enquanto Manoella transita entre a firmeza e o incômodo. Como ator, Baskerville é convincente, principalmente ao realçar a ambiguidade e, por fim, a fragilidade. Luciana Caruso completa o elenco na cena final (80min). 14 anos. Estreou em 19/1/2018.
+ Teatro Anchieta — Sesc Consolação. Rua Doutor Vila Nova, 245, Vila Buarque. Sexta e sábado, 21h; domingo, 18h. R$ 40,00. Até 25 de fevereiro.
https://vejasp.abril.com.br/blog/dirceu-alves-jr/o-rio-peca-teatro-jez-butterworth-nelson-baskerville/
FOLHA DE SP
Ilustrada
artes cênicas
Peça ‘O Rio’, de Jez Butterworth, tece elo entre a memória e o desejo
Maria Manoella (esq.) e Nelson Baskerville durante ensaio de “O Rio” no Sesc Consolação (Lenise Pinheiro/Folhapress)
Em “O Rio”, o inglês Jez Butterworth tece uma linha entre a arte de pescar, o tempo, a memória, o amor e a nossa busca pela beleza e pelas coisas indescritíveis.
A peça do dramaturgo agora ganha a sua primeira montagem brasileira, que estreia nesta sexta-feira (19) no Sesc Consolação, em São Paulo.
Além de dirigir, Nelson Baskerville interpreta o protagonista, um homem recluso que volta todas as suas emoções para o hobby de pescar trutas que só podem ser capturadas durante determinado período do ano.
O personagem inominado leva sua nova namorada à cabana próxima ao rio onde gosta de pescar. Logo ela desaparece. Ele chama a polícia, mas ela ressurge completamente diferente.
Essas duas figuras femininas –interpretadas por Maria Manoella e Virginia Cavendish, que também idealizou e produz a montagem– somem e desaparecem durante a trama, como se trocassem de lugar ou fossem duas faces da mesma pessoa. Ou, ainda, alguma imaginação desse homem.
Algo que remete a “Esse Obscuro Objeto do Desejo” (1977), filme de Luis Buñuel no qual duas atrizes (Carole Bouquet e Angela Molina) interpretam a protagonista.
Virginia Cavendish (esq.) e Nelson Baskerville durante ensaio de “O Rio” no Sesc Consolação (Lenise Pinheiro/Folhapress)
Mais conhecido por “Mojo”, peça que foi levada por ele ao cinema em 1997, Butterworth escreveu “O Rio” há seis anos. O espetáculo chegou à Broadway em 2014, com o australiano Hugh Jackman no papel do protagonista.
Entre seus trabalhos, o dramaturgo também assina o roteiro (com o irmão Tom Butterworth) e a direção de “A Isca Perfeita”, filme de 2001 com Nicole Kidman e Ben Chaplin no elenco.
*
O RIO
QUANDO sex. e sáb., às 21h, dom. e dia 25/1, às 18h; até 25/2
ONDE Sesc Consolação – Teatro Anchieta, r. Doutor Vila Nova, 245, tel. (11) 3234-3000
QUANTO R$ 12 a R$ 40
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
Serviço
SESC Consolação – Teatro Anchieta
Teatro Anchieta — SESC Consolação
Rua Doutor Vila Nova, 245, Vila Buarque, SP
QUANTO R$ 12 a R$ 40
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
Ficou em cartaz entre 25/01/2018 a 25/02/2018,
sex. e sáb., às 21h, dom. às 18h